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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A outra posse
















Se eu fosse mãe dela,


não iria aguentar a emoção:


as lágrimas inundariam a Praça.



Foi lindo ver aquela mulher tão lutadora


e sofrida, mas persistente no que acredita


subir aquela rampa.



Se eu pudesse lhe fazer apenas uma pergunta,


ela seria: Naqueles dias de trevas e dor, você imaginou que chegaria tão longe?



O Brasil agora é seu mais novo filho


e precisa de cuidado e acalanto,


pois que ainda caminha com muita dificuldade.


Estou certa de que será um boa mãe,


porque, antes de tudo, és uma grande companheira.



Fica com minha admiração e meus votos sinceros


de muito sucesso.


De mim, que lá estive para ver


e acreditar que não era um sonho!


Presidenta Dilma!





segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Brazil - EUA tentaram usar Saito e Jobim para venda dos caças






A disputa pela venda de 36 caças para as Forças Aéreas Brasileiras foi palco de grande atuação da representação americana no Brasil. Documentos obtidos pelo WikiLeaks revelam que a embaixada procurou o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o comandante da FAB Brigadeiro Juniti Saito para influenciar na decisão. Ao mesmo tempo, instava o governo americano a se mexer, assim como o francês estava fazendo.

A menos de um mês do final do governo Lula, a compra dos caças continua sem definição e deve ser decidida pela presidente eleita Dilma Rousseff. Nesta semana, ela retoma a discussão em reunião com o ministro Jobim.

Lobby

Mas desde maio de 2009, a embaixada americana em Brasília tenta fazer com que o governo dos EUA se engaje mais na disputa. Em um telegrama do dia 19, (CLIQUE AQUI), a Ministra Conselheira Lisa Kubiske pediu que Washington faça um lobby mais intenso, pois alguns contatos brasileiros "dizem não acreditar que o governo dos Estados Unidos esteja apoiando a venda fortemente”, enquanto o presidente francês Nicholas Sarcozy estaria envolvido diretamente e os suecos estariam atuando “em nível ministerial”.

Kubiske acredita que a falta de atuação pessoal "é uma desvantagem crítica em uma sociedade brasileira na qual os relacionamentos pessoais servem de fundação para os negócios”, e refoça que o governo deve assumir posição favorável à aprovação de transferências de tecnologia.

“A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa; uma carta da secretária Clinton ao ministro da Defesa Jobim afirmando que o governo americano aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada.”

Também recomenda tentar influenciar senadores que vistariam os EUA em junho daquele ano. "Concentrando as atenções em senadores importantes, temos a oportunidade de conquistar o apoio de indivíduos que podem influenciar os responsáveis pela decisão e garantir que as pessoas que terão de aprovar os dispêndios do governo brasileiro compreendam que o F-18 lhes oferece mais valor".

Para Lisa, a campanha francesa é mentirosa: "Nos últimos meses, o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês (o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos). Mas isso não procede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa encontrou alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas”

Aliados

A decisão americana em atuar mais fortemente foi vista com apreciação pelo brigadeiro Juniti Saito, comandante das Forças Armadas.

Por causa da atuação pessoal de Obama, que conversou com o presidente Luís Inácio Lula da Silva na cúpula do G8 em Áquila, na Itália, em 9 de julho de 2009, Lula teria instruído Jobim e Saito a conversarem com o Conselheiro de Segurança Nacional, general James Jones, segundo revela um telegrama de 31 de julho de 2009 (CLIQUE AQUI).

“Ela (a conversa) abriu as portas para que eu pudesse procurar o embaixador, como fiz”, teria explicado Saito durante um jantar por ocasião da visita do comandante do Comando Sul, o general Doug Fraser.

Na ocasião, Saito chamou o embaixador Sobel e seu conselheiro político de lado para indicar que preferia o F-18 ao francês Rafale. E afirmou que não existia dúvida, do ponto de vista técnico, que americano era o melhor avião. "Voamos equipamento americano há décadas e sabemos que é confiável e que sua manutenção é simples e oferece bom custo/benefício por meio do sistema de vendas militares externas".

Saito insistiu ainda que o governo americano enviasse a carta que ele havia pedido se comprometendo com transferência de tecnologia. O embaixador teria dito que a carta estava na fase final de aprovação. "Aliviado, Saito disse que precisava ter a carta em mãos no dia 6 de agosto", relata o telegrama assinado pelo embaixador Clifford Sobel. "Essa foi a expressão mais clara de que Saito pretende recomendar o F18".

Em 5 de janeiro, pouco antes da mudança de embaixador, Lisa Kubiske envia outro telegrama (CLIQUE AQUI) dizendo que a embaixada vai tentar influenciar Jobim para convencer o presidente. “Permanece, entretanto, o formidável obstáculo de convencer Lula. Nosso objetivo agora deve ser garantir que Jobim tenha argumentos reforçados ao máximo possível para ir a Lula em janeiro”. Para ela, o "alto preço" do Rafale e "as dúvidas sobre o desenvolvimeno do Gripen" levariam o Super Hornet a ser a "opção óbvia". Mas "o fato é que Lula reluta em comprar um avião dos EUA”.

Um dos últimos telegramas obtidos pelo WikiLeaks (CLIQUE AQUI) relata uma conversa telefônica entre Nelson Jobim e o atual embaixador dos EUA, Thomas Shannon, em 5 de fevereiro deste ano. O embaixador Shannon fez pressão, dizendo que "apesar da venda ser conduzida como uma transação comercial, a sua importância para a relação bilateral não deve ser ignorada". Segundo ele, "a decisão inédita de trasnferência de tecnologia americana em apoio ao Super Hornet mostra o alto grau de confiança que o governo americano coloca na sua parceria com o Brasil".

Patriota, Irã e Haiti

Antonio Patriota, anunciado como futuro ministro das Relações Exteriores durante o próximo governo, também foi alvo de lobby sobre os caças. Durante uma reunião de uma hora no dia 4 de fevereiro, ouviu que a decisão de liberar toda a tecnologia necessária ao Brasil refletia uma mudança de paradigma para os EUA e ouviu que a decisão ainda não estava tomada.

Mas ouviu mais. Segundo o relato de Shannon (CLIQUE AQUI), Patriota comentou ainda a situação do Irã, que na época sofria pressões contra mais uma rodada de sanções contra seu programa nuclear. Teria dito que o Brasil quer "evitar uma repetição do Iraque", e que se havia uma saída diplomática, ela deveria ser adotada. “A desconfiança é grande (sobre o Irã). Nós nunca sabemos o quão sinceros, mas vamos continuar tentando”, concluiu. O embaixador recomendou ao governo brasileiro que se movimentasse com cautela em relação ao Irã.

Sobre a situação do Haiti, que havia sofrido um terremoto em 12 de janeiro, Patriota teria dito: "nós teríamos que encontrar uma forma de contornar a escolha entre um governo corrupto no Haiti e colocar tanto dinheiro nas mãos de ONGs não-haitianas”.

Os telegramas fazem parte de milhares de documentos da embaixada e consulados dos EUA no Brasil que serão publicados pelo WikiLeaks nas próximas semanas.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O que os homens querem da mulher?

Extraído da página de Maria Rita Kehl, para deleite de todos! http://www.mariaritakehl.psc.br
Eu quis lhe dar um grande amor/ mas você não compreendeu/ a vida de um lar (Zeca Pagodinho)

O dia Internacional da Mulher passou longe da minha coluna quinzenal. Assim, vou levar a sério o galanteio dos que dizem “todo dia é dia de vocês” e continuar uma velha conversa que sempre retorna, por volta do 8 de março: afinal, o que querem as mulheres? Sucessivas gerações de homens retomaram a pergunta, desde que Freud confessou sua perplexidade à amiga Marie Bonaparte no começo do século passado.
Se a descoberta freudiana ainda valer e o inconsciente continuar recalcado, o desejo, no sentido radical da palavra, é enigmático para homens e mulheres. Não há distinção de gênero frente à opacidade das representações estranhamente familiares que nos habitam e motivam lapsos, deslizes, sintomas, fantasias. Já no plano das vontades mais pedestres, do destino que damos a essa insatisfação permanente a que se chama vida – talvez aí se possa especular se os homens seriam menos enigmáticos que as mulheres.

Por uma questão de método, vale considerar o ponto de vista dos que, como Freud, se confessam incapazes de satisfazer esses seres ambíguos que somos nós, do sexo feminino. Os homens, talvez para se esquivar da intromissão feminina, declaram ser pessoas fáceis de contentar. Além de sexo, dedicação e carinho (mas sem exagero!) das amadas, querem respeito profissional e, claro, ganhar bem. O que mais? 90% de minha amostragem particular responde: ler o jornal inteiro no domingo, jogar conversa fora com os amigos de bar de vez em quando e ver futebol na TV sem ser interrompidos. Essa opção, há quem troque por uma soneca no sofá.

Parece que com esse pacote de pequenas alegrias, tudo estaria bem. Mas, atenção: as mulheres, convidadas gentilmente a não aporrinhá-los durante suas atividades favoritas, devem estar a postos quando eles solicitarem. O casamento para o homem, disse uma vez Mário Prata, significa botar uma mulher dentro de casa. E depois, sair prá rua. Só que ela precisa estar lá quando o cara voltar, de preferência sem questionar por que ele saiu em vez de se contentar com tudo o que ela tem a oferecer. Melhor fazer essa pergunta ao ex-marido da Amélia, aquela dedicada que ele abandonou em troca da outra, cheia de exigências.
M

as perguntemos também, como meu colega de coluna, Marcelo Paiva, por que tantas mulheres hoje (nem todas! só as de 40 prá cima) não querem mais se casar. Essa pergunta é simétrica àquela formulada pelo historiador da revolução francesa, Jules Michelet, aos homens que no final do século XIX preferiam as aventuras do celibato à responsabilidade do casamento. Michelet lamentava o destino das moças pobres e remediadas que, fora da instituição do matrimônio, ficavam desprotegidas, vulneráveis, sem perspectiva de futuro.


A recusa mudou de lugar? Por que as mulheres de hoje, cumprida a etapa inicial da criação dos filhos, preferem não entrar num segundo ou um terceiro casamento? Hipótese: porque não precisam mais dele. Não do homem, nem do amor: do casamento. Nem todas as que desistem de casar de novo são, como pensa Marcelo, desiludidas com o amor. As mulheres que já se casaram algumas vezes podem ter desistido do casamento porque este existe, até hoje, para tornar confortável a vida – dos homens. Separados, eles procuram imediatamente uma esposa que substitua a primeira, enquanto elas parecem não ter pressa nenhuma de voltar ao estado civil anterior. Isso não quer dizer que tenham desistido de amar. Pode ser que estejam à procura de outras coisas, alem das que o casamento proporciona. Aliás: é nessa hora, quando uma mulher não se contenta mais com o que seu homem lhe oferece, que ele a acusa de não saber o que quer.


Muitas coisas os homens podem nos dar. Amor, prazer, carinho, apoio. Aquele olhar de desejo que embeleza a mulher. E filhos, quase todas queremos os filhos. O que mais? Profissão e independência econômica ficam fora do pacote do amor. Poder, também: mas o verbo é mais instigante que o substantivo. As mulheres querem poder muitas coisas. Depois que os filhos crescem e antes que lhes tragam netos prá cuidar, o que querem as mulheres? É simples: tudo o que não puderam viver até então. Está certo: tudo, tudo, não pode ser. Vá lá, quase tudo. Com vocês ou sem vocês, meus caros; quase tudo. Caberia até perguntar: por que os homens (não todos! só os de 40 prá cima) querem tão pouco?

Basta olhar à sua volta. Uma fila de cinema: 60% de mulheres, 40% de homens (os jovens talvez sejam exceção). Um concerto? 70% prá nós. Exposição de arte, idem. Metrô prá qualquer lugar, fora de horários de pico: mulheres, mulheres. Carnaval, festa-baile: olha lá elas dançando, com ou sem parceria masculina. Viagens, ecoturismo, passeatas - a lista é longa.

Por isso mesmo a mulher pode hoje dar a seu parceiro o que nenhuma geração anterior ao século XX podia dar. Aquilo que o poeta francês Benjamin Pérec chamou de amor sublime: o amor da carne, mais o da sublimação. As três últimas gerações de mulheres, não limitadas ao espaço doméstico, são capazes de conversar sobre quase tudo com seus companheiros. Compartilhar idéias, projetos, ambições, bobagens, piadas, boemia, lutas. A vida pode ser bem boa desse jeito, e o amor, uma conversa sem fim.


O filósofo romeno Cioran afirmou que as mulheres são as novas-ricas do mundo da cultura. Talvez por isso falemos demais. Em compensação, os maridos não são mais os nossos únicos interlocutores.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

As eleições e farsa: uma história recorrente

Era o ano de 1989. Lula, candidato pelo PT e seu adversário, Collor pelo PRN. No último debate da Globo, veio o que seria a facada mortal para eleição do metalúrgico: Collor afirma que Lula irá confiscar a poupança da população. No dia seguinte ao debate, montagem realizada pela Rede Globo acentua o medo. Spots da farsa são transmitidos e retransmitidos.

O resultado é que, amendrontados com a possível perda de suas economias guardadas com esforço naqueles anos de inflação galopante, o voto libertador não acontece. Collor é eleito com cerca de 49% dos votos. Após tomar posse no dia 15 de março de 1990 sua ministra da economia, Zélia Cardoso de Mello, anuncia no dia 16 de março o plano para tentar conter a inflação denominado Plano Brasil Novo, que passou a ser chamado de Plano Collor. A ideia foi bloquear, por 18 meses, os saldos superiores a NCz$ 50 mil nas contas correntes, de poupança e demais investimentos. Era o confisco que ele atribuíra à Lula no debate.

Hoje, a história se repete. O enredo não é o mesmo, mas o roteiro segue a mesma linha ação: atribuir ao adversário, Dilma Roussef, ações que serão implantadas pelo opositor - no caso em questão o candidato do PSDB José Serra.

Simples ilação? Pois vejamos.

Quando Ministro da Saúde do Governo FHC, Serra assinou em 1998 a norma para " Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra as mulheres". O texto normatiza a conduta médica a ser realizada em procedimentos para o aborto em mulheres que sofreram violência sexual. O documento está disponível em vários sítios da internet como por exemplo em http://www.simboragora.com/2010/10/jose-serra-assinou-lei-do-aborto-como.html.

Em 21 de dezembro de 2009, Lula aprova o Decreto 7037 que trata do Programa Nacional de Direitos Humanos que está disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm.

O documento é apresentado como roteiro para "seguirmos consolidando os alicerces desse edifício democrático: dialógo permanente entre Estado e sociedade civil; transparência em todas as esferas de Governo; primazia dos Direitos Humanos nas relações internas e intrenacionais; caráter laico do Estado (grifo meu); fortalecimento do pacto federativo; universalidade, indivibisilidade ee intredependência dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; opção clara pelo desenvolvimento sustentável; respeito à diversidade; combate às desiguladades; erradicação da fome e da extrema pobreza".

Apresentação do PNDH-3 pode ser obtida em http://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf

Nas 25 diretrizes constantes do documento,nem mesmo nos objetivos estratégicos apresentados no documento anterior a palavra "aborto" pode ser encontrada. Então, porque os conservadores católicos se mostram tão resistentes ao PNHD-3?
O motivo está claro no texto da apresentação assinado por Lula : a diretriz de transformar o Brasil em um Estado de caráter laico, o que não agrada aos ministros da Igreja Católica nem os participantes da velha organização Tradição-Família-Propriedade (TFP).

É neste ponto do PNDH-3 que se prendem os adversários de Dilma Roussef. Certamente associam que um Estado laico é um Estado amoral.

Conforme o Professor da faculdade de Direito da UFMG, João Baptista Vilela " Não faz mal, enfim, recordar que moral vem do latim mos, moris, que significa "costumes". Os costumes se formam pelas práticas reiteradas das sociedades, o que supõe serem achadas, por algum motivo ou por vários, boas e merecedoras de acolhimento. Que as religiões atuem na formação dos costumes não é de estranhar. A separação entre o profano e o sagrado é muito mais produto de um esforço mental do que um processo descritivo e exato da complexa experiência humana. Onde está o homem, aí está a interrogação diante do mistério da vida. É, portanto, também o encontro com a transcendência, ainda que seja para negá-la. Pode-se discutir se o homem é ou não um ser naturalmente religioso. Mas não há dúvida de que, tanto quanto nasce livre, cresce, vive e morre sob a convocação permanente do juízo moral. Ser homem, com efeito, é ter consciência do poder de escolha. E são as escolhas que tecem as práticas sociais e fazem a história."

Diz ainda o professor José Batista: O Estado laico nasce com a Revolução Francesa, cuja divisa era justamente a tríade "liberdade, igualdade, fraternidade". O anticlericalismo notório dos arautos da Revolução Francesa não os impediu de proclamar, como seus, ideais que há muitos séculos faziam parte do mais indisputado núcleo das religiões cristãs. Quem pensa que igualdade, liberdade e fraternidade são uma descoberta da Revolução Francesa, certamente nunca leu as Epístolas de Paulo. Tampouco se pode acusar a República Federativa do Brasil de fazer proselitismo religioso porque o preâmbulo de sua Constituição afirma o compromisso com "uma sociedade fraterna".
(Artigo em http://www.ufmg.br/boletim/bol1506/segunda.shtml)

Portanto, os valores que permeiam a ação do Governo Lula, conforme definido no PNDH-3 em nada são contrários à moral que hoje permeia por toda sociedade brasileira.

Entretanto, para o grupo de poder hoje formado alguns por setores da elite econômica, religiosa, cultural a simples menção à construção de um Estado laico é associado a um modelo de socidade dissociado de qualquer valor.

Claramente apoiado por este grupo, José Serra compromete-se com os estamentos desta minoria e, junto com eles, declara sua guerra ao que se pode chamar de continuição do modelo Lula de efetiva conquista dos direitos e garantias fundamentais alencados na Constituição-Cidadã de 1998, que sempre foi anatematizada pelas forças conservadoras.

As armas deste grupo são as mesmas de sempre e se repetem de eleição em eleição, como é demonstrado no comparativo entre episódio do confisco da poupança x PNDH-3.

Portanto, àqueles que acreditam que Serra é o seu arauto, cuidado: assim como Collor, ele irá trair seu acordo e deixá-los à margem da estrada assim que ascender ao poder que ele tanto almeja.

Quanto aos que desejam a verdade e a liberdade, sugiro: instruam-se e informem-se. Nem tudo que a mídia ou panfletos apócrifos oferecem são a verdade. Construa ela você mesmo.

PS - Infelizmente, não consgui o vídeo que foi editado pela Rede Globo que selou o destino do então candidato Lula em 1989, mas ofereço o vídeo no qual a então Ministra Zélia Cardoso de Mello anuncia o confisco.

http://www.youtube.com/watch?v=7KHza2R-C-E