terça-feira, 18 de outubro de 2011

Veja quer derrubar Dilma

terça-feira, 18 de outubro de 2011

José de Abreu: “Civita avisou ao PT que derrubará Dilma”


No último domingo, o ator José de Abreu, esse simpaticíssimo sessentão paulista de Santa Rita do Passa Quatro, soltou uma nota no Twitter que, desde então, vem sendo objeto de curiosidade e de intensos debates na internet devido ao teor explosivo que encerra. Abaixo, a reprodução da nota do ator. Foi capturada em seu perfil naquela rede social.

Por Eduardo Guimarães*


Diante da enormidade que é haver dado concreto sobre uma premissa que todos os que se interessam por política já intuíam diante do comportamento da revista Veja nos últimos tempos, sobretudo após o caso escabroso em que um repórter desse veículo tentou invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu em um hotel de Brasília, decidi entrevistar o autor de tão interessante informação.


Conversei com Abreu por telefone durante cerca de 40 minutos. Foi mais um bate-papo informal. Girou, basicamente, em torno da informação que o ator obteve, mas enveredou por sua visão sobre como e por que um empresário do setor de comunicação ousa mandar ao governo do país um recado dessa magnitude, em termos de arrogância.

Segundo Abreu, a informação lhe foi passada por um petista graúdo que procurou a direção da Veja logo após a tentativa de invasão do apartamento de Dirceu. O emissário não teria procurado a revista em nome do governo, mas, sim, em nome do PT. Ainda segundo o entrevistado, essas conversas de petistas e até do governo com a mídia ocorrem institucionalmente e com freqüência.

A tal “raposa felpuda” do PT teria ponderado com a direção da Veja que precisaria haver limites, que a revista estaria passando da conta. Enfim, teria sido a tentativa de um pacto de convivência mínimo. Aliás, informação relevante do entrevistado foi a de que esse pacto até já existe e é por isso que Dilma vem sendo poupada pela mídia, apesar dos ataques ao seu governo.

A resposta veio de cima, do próprio Roberto Civita, e foi a de que não haveria acordo: a Veja pretende derrubar o governo Dilma. As razões para isso não foram explicadas, apesar de que o interlocutor de Abreu diz que o dono da Veja está enfurecido com os sucessivos governos do PT que, nos últimos 9 anos, tiraram da grande mídia montanhas de dinheiro público.

Sempre segundo o entrevistado, apesar de muitos acharem que o governo “dá dinheiro” à mídia (via publicidade oficial) apesar de ser fustigado por ela, nos últimos 9 anos a publicidade do governo federal, a compra de livros didáticos da Abril, enfim, tudo que o governo gasta com comunicação passou a pingar nos cofres midiáticos em proporção infinitamente menor do que jorrava até 2002.

De fato, de 2003 para cá esse bilhão de reais que o governo gasta oficialmente em comunicação, que até aquele ano era dividido entre 500 veículos, hoje irriga cerca de oito mil veículos, muitos deles com linha editorial totalmente inversa à dos grandes meios de comunicação que até o advento da eleição de Lula, em 2002, mamavam tranquilamente. E sozinhos.

Abreu também diz que essa coexistência de bastidores entre adversários políticos (imprensa tucana, de um lado, e PT e governos petistas de outro) se deve a um fato inegável: os políticos precisam da mídia e isso fica claro quando a gente se surpreende ao ver petistas, os mais alvejados por esses veículos, concedendo cordiais entrevistas aos seus algozes.

Particularmente, este blog não se surpreendeu com as revelações de José de Abreu. As marchas contra a corrupção, o objetivo claro de impedir o funcionamento do governo lançando matérias incessantes só contra o governo federal enquanto escândalos enormes como o das emendas dos deputados estaduais paulistas recebem espaço quase zero, mostram que a mídia pretende inviabilizar o governo Dilma Rousseff.

Mais uma vez, digo a quem não acredita: se o cavalo do golpe passar selado, a mídia monta sem pensar. E, agora, tenho até evidências concretas para fundamentar meu ponto de vista. Será, então, que o PT e o governo Dilma vão ficar sentados esperando o golpe? Querem a minha opinião? Acho que vão. Eles ainda acreditam que podem se entender com a imprensa golpista.

domingo, 10 de julho de 2011

Desejos não são direitos


Imaginem uma sociedade onde todos pudessem realizar seus desejos ilimitadamente.

Em uma sociedade construída sobre os desejos humanos, qualquer um poderia, desde que assim o desejasse, excluir um ser humano da face da Terra por julgá-la indigno de viver, ou seja, poderia simplesmente tirar-lhe a vida por não lhe ter simpatia, por discordar de seu pensamento ou em decorrência de sua condição social, cor da pele ou opção sexual.

Do mesmo modo, uma pessoa do sexo masculino poderia, conforme seus desejos, subjugar qualquer mulher aos seus caprichos sexuais, não importando se ela deu o seu consentimento para isso.

Imaginem, o que seria se nossas crianças pudessem ser utilizadas para o mesmo fim sexual, sem qualquer limitação?

Pensem em como seria difícil viver, com a limitação da liberdade de pensar em novas situações que pudessem tornar a vida humana mais digna e igualitária.

Logo, diante dos exemplos, pode-se concluir que viveríamos em uma sociedade onde desejos são direitos.

O ser humano, nas primeiras eras deste planeta, vivia dessa maneira: não havia quaisquer limites ao desejo. Conceitos como vida, liberdade, infância, democracia, foram sendo construídos nestes milhares de anos da existência do homem na Terra.

Assim, a cada passo dado pela humanidade, avançamos nossas leis no sentido de limitar nossos desejos para que pudéssemos adquirir o que chamamos de civilização.

Ser civilizado é o que nos diferencia dos animais, haja vista que eles vivem de acordo com seus instintos e nós de acordo com o pensamento racional.

Logo, desde o princípio, limitamos a realização de nossos desejos com as leis. Cada sociedade que se construiu ao longo desses milhares de anos foi criando suas regras de acordo com seus pactos sociais.

No Brasil, matar não é permitido sob qualquer hipótese, fato que ocorre nos Estados Unidos e China e alguns países do Oriente Médio - que tem pena de morte.

No Brasil, submeter alguém a conjunção sexual, sem consentimento, é crime de estupro, assim como o abuso sexual de menores - este último não considerado em muitos países que permitem o defloramento de meninas na mais tenra idade.

No Brasil, o direito à liberdade de pensamento é direito garantido na Constituição mas, em 1964, esse direito nos foi castrado pela Ditadura Militar por mais de 20 anos.

Mas, ainda nos falta a consciência de que não são apenas as leis que tornam melhores seres humanos.

A bem da verdade, nos últimos tempos, as leis vem sendo elaboradas para nos proteger uns dos outros - o que é terrível - posto que vivemos a ponto de querer eliminar todo e qualquer espaço de oportunidade de vida ao outro.

Já não disciplinamos desejos; conduzimos formas de proteção individual ao invés de tratarmos do que é coletivo.

Esse é um primeiro pensamento que não vai se esgotar neste post.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Deu no IG: "A Petrobras foi a companhia que registrou maior queda de valor de mercado até agora no segundo trimestre deste ano entre todas as companhias abertas da América Latina e dos Estados Unidos, segundo levantamento da Economática."

Texto arrasa com a empresa e os comentários vão atrás como gado sendo tocado pelos peões.

Falta massa crítica.

Falta capacidade pra olhar o mundo como uma esfera onde todos estão interconectados sob todos os aspectos.

Já não há para onde fugir sem ser molestado pelos tentáculos do grande capital especulativo que joga com as sociedades, destruindo suas culturas, esperanças e a sustentabilidade de toda uma população.

É tão óbvio que chega a ser patético ter que escrever sobre isso.

Nos últimos 6 meses, o que mais se viu foi a queda dos títulos das dívidas publicas dos EUA e países europeus, em especial do PIEG - Portugal, Irlanda, Espanha e Grécia.

Na semana passada, um fato histórico: o risco Brasil era MENOR que o americano.

As praças foram ocupadas na Espanha por quase um mês, em protesto contra política recessiva ditada pelo FMI - que nós tanto sofremos por anos e implantada pelo PPSOE de Zapatero ( alô Dilma! não caia nessa! fora política recessiva! por favor, baixe esses juros!)

Na Grécia e em Portugal, milhares foram às ruas pelo mesmo motivo que na Espanha.

Em março, a maior parte das empresas estrangeiras fecha o ano contábil, elaborando seus balanços e contabilizando seus resultados que, ao que parece, não foram tão auspiciosos.

A Europa, com medo da derrubada do euro e de seu complexo sistema financeiro, luta desesperadamente para salvar o PIEG com novos empréstimos a troco de mais políticas recessivas.

Diante deste cenário, é fácil entender a queda no valor de mercado da Petrobras: venda de posições para realização de lucros e queda na compra de novas opções.

A ciranda do capital que roda pelo mundo está sempre atrás de oportunidades para maximar cada vez mais seus ganhos. Agora é vez de ganhar com os juros das dívidas de PIEG que, para esta lógica de acumulação, é melhor do que esperar os frutos de uma produção.

Observa-se que as perdas também foram em outras empresas, como Vale, OGX, Sadia.

Logo, a estupidez toma conta da imprensa em todos os lados e contamina os leitores através de uma meia verdade.

Argumentar que a ingerência do Governo Federal na Petrobras é a responsável pela queda do valor de mercado é de tamanha má-fé posto que essa situação existe desde sua criação há mais de 50 anos...

Dizer que o Governo aparelha a empresa com seus quadros, é esquecer a "invasão" de militares completamente desqualificados durante a ditadura.

Esse é apenas um exemplo de como a mídia se comporta diante das notícias.

Construa a sua informação!


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Recado

"Em qualquer mandato que o PT exercer tem que estar a semente da transformação, e não da acomodação. Essa é a grande questão para o nosso partido."