quinta-feira, 16 de abril de 2009

O desepero de uma mulher


Ontem na televisão vi uma notícia triste: uma mulher matou parte de sua família - marido, irmã e sobrinha. Motivo: endividada devido a problemas financeiros na empresa de sua propriedade, perdeu a fé, a esperança e o juízo.


Ela também tentou acabar com sua própria vida, mas não obteve sucesso. Está ferida, arrependida e viva para lembrar não só da dor do seu abandono como a perda das pessoas queridas.


Este é o nosso mundo. Fico a cismar nas tantas portas que esta mulher bateu em busca de auxílio, mas ninguém lhe deu uma oportunidade.


Aos poucos, como se lê nas cartas, ela revolve seu passado e lembra das muitas lutas que teve de travar com os obstáculos da vida. Lembra da mãe que não fora tão amorosa, do pai que lhe faltou. Por isso exalta o irmão que é mais forte para resistir aos percalços de uma terra árida de sentimentos.


Sim, ela é uma mulher e precisa de proteção, mas isto lhe negam.


Logo, vem a única saída como possibilidade de salvaguardar sua honra e a daqueles a quem mais ama: a morte.


Já não existe mais coração, razão, cérebro - ela é uma massa amorfa de pensamentos desencontrados e desconctados.


Peço a Deus que a abençoe e Lhe ajude neste momento.


Digo a você, minha querida, que não estás só. Existem tantas sobreviventes como você...


Agora é refazer a vida, sair deste atoleiro psicológico e rezar por aqueles que agora estão ao lado de Deus.


Creia que a vida continua e eles te perdoam.


Siga em frente e não se ache menor do que ninguém.


Busque ser útil aos outros.


Faça o bem sempre que puderes.


Por fim, você será eternamente minha irmã de coração...