domingo, 29 de março de 2009

Uma conversa de família


Hoje estive conversando com meu irmão que mora em São Paulo. Estava tão triste, descrente de tudo e desanimado diante de excesso das misérias humanas divulgadas por jornais, revistas, TVs.


Mas não falo daquela miséria decorrente da falta de recursos materiais, do estado de carência absoluta de meios de subsistência,da indigência ou penúria.


Essa eu e meus irmãos vivemos. Porém, nosso pai, homem trabalhador e digno nos ensinou a vencê-la com caráter. Hoje somos uma família espalhada por este Brasil e unida pela herança moral que nosso pai nos deixou gravada no coração.


Hoje ainda existe essa miséria, entretanto há outra pior. Falo de miséria na condição do que é vergonhoso, do que é moralmente deplorável; da indignidade, da infâmia, da torpeza de muitos que se intitulam nossos representantes políticos, religiosos, sociais, educacionais e por aí vai.


Daí que já não mais existe aquilo que meu pai tanto nos dizia:"um homem tem que honrar sua palavra", " a palavra de um homem vale o fio do seu bigode", "se querer respeito, se dê ao respeito", "filho meu não rouba nem um lápis", "não mexa no que não é seu", " não jogue lixo na rua porque ela é de todo mundo", " trabalhe para seu próprio sustento", "seja honesto,: nunca roube nem pão".


Ele partiu há muitos anos e jamais esquecemos suas lições.


Hoje fico a pensar no que os pais e mães andam dizendo aos filhos diante destas barbaridades que ocorrem.Será que os estão orientando a buscar o caminho da retidão ou estão a ensiná-los a "se dar bem" como os que vemos estampados nas manchetes e que se utilizam do poder econômico e político para estarem acima das leis?


Deixo esta mensagem a todos os que são pais e mães, tios e tias, avós e avôs: não deixem de cultivar virtudes morais no coração de nossas crianças.


Nos preocupamos tanto com o mundo que vamos deixar para elas, mas esquecemos que elas é que farão o mundo futuro.